domingo, 28 de dezembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Revi tudo o que escrevi. Inclusive o que não escrevi: as meras publicações que vertem-se em remissões musicais. Lembro-me do porquê de tudo. Se aqui está é porque, de certa forma, me tocou. Infelizmente ou felizmente. E é neste ponto que me desafio agora. Se me fosse um estranho [se fosse um estranho à minha pessoa que milagrosamente se deparava com isto e ficava minimamente preso para o ler todo], pensava ser uma pessoa triste, sem amor à vida. Nem saberia como me descrever. Assim sendo, talvez esteja na altura de algo mais cru. Não que o que até tenha escrito seja palco. Oh não! Muito vivi, mas alguns deles são imaginação, claro. Afinal, é disso que provém a escrita, julgo eu.
Portanto... 'Lembro-me do porquê de tudo'. Estranhamente até. Não sou uma pessoa muito dada à memória. Odeio nomes, não os consigo decorar. Conheço-te hoje e passo anos contigo, mas não te admires se um dia me esquecer momentaneamente do teu nome. Digo-te, não é propositado. Simplesmente, em certos momentos, o nome das pessoas não me ocorre. Inúmeras foram as vezes que passei por pessoas na rua e que as cumprimentei e fiz de tudo para não ter de dizer o seu nome. Provavelmente não dá para imaginar como: unicamente por nomes não ser o meu forte. E sei-o, logo nem vale a pena obrigar-me a tentar decorar. Se o sei, ainda bem; se não, porque ficam todos chateados? Qualquer um tem os seus defeitos.
Então, a memória. Uso-a pelo seu palácio. O palácio da memória. Tiro a minha licenciatura em Direito, não sei outra maneira de se conseguir. Mas então o que é o palácio da memória? O Mentalista e Sherlock explicam. Provavelmente das melhores séries que já vi [e que verei]. Lá está, louca por séries. Conjuguem um dia de Inverno - daqueles que se torna impossível sair à rua tendo em conta o conforto do lar - com uma série: um dos meus programas favoritos. Desenganem-se aqueles que pensem que sou pessoa de ficar em casa. Nem por isso, mas não abdico de um bom dia passado em casa, no silêncio da mesma. Gosto de sair como qualquer outra pessoa da minha idade [19 anos, 4 meses para os 20], mas sei-o conciliar com esses dias. No Inverno torna-se complicado, é certo. É a minha estação do ano favorita: não é o Verão, que choque! A maior parte das pessoas passeia-se nos centros comerciais, aquando dela [a estação]. Simplesmente estúpido! Odeio compras, não compreendo a paixão das mulheres. Eu gosto de roupa, não gosto é de a comprar. Imagine-se aqueles homens que deixam o seu guarda-roupa à mulher. Ela é que vai comprar; não porque ele não gosta de se vestir bem, mas por não ter paciência para se deambular pelo centro comercial. Bem eu sou assim. O único ponto favorável em as pessoas se passearem por lá - note-se que referi duas vezes 'passearem-se' propositadamente. Irrita-me as pessoas deslocarem-se para ver as montras. Que futilidade, que estupidez; há tanta coisa tão mais interessante - é o exercício físico que fazem. Caminham. Sempre se torna melhor do que estar um dia inteiro em frente à televisão. Todos os fins-de-semana de Inverno.
Refere-se já outro ponto importante. Não maluca de dietas. Nem lá perto. Maluca de exercício e de boa alimentação, é diferente. Ainda assim, não me apanham em ginásios. Passo trinta minutos na bicicleta de casa - daquelas fixas, que por mais que corras não vais a lado nenhum - e é uma tortura. Mas passo-os, através da música - oh que revigorante, a música! Por outro lado, passo outros trinta na bicicleta na rua, como se por eles ainda nem um minuto tivesse passado. O mesmo com a dita passadeira. Não a tenho, prefiro o chão e aquelas sapatilhas. Adoro correr, talvez o melhor dos exercício; assim como o basquetebol. Conjuguem novamente um dia de Inverno, mesmo daqueles com chuva, e uma corridinha, nada melhor.
E as sapatilhas ditam qualquer coisa. Ninguém diz sapatilhas, apenas os portuenses [não portistas, por favor]. São ténis, dizem os outros. Mas lá está, portuense de coração. Foi quando saí daqui que percebi o quão adoro o Porto. Antes era só onde vivo, agora é a felicidade que se explode de mim ao ver o rio Douro no regresso a casa. Actualmente vivo em Lisboa. Tenho a verdadeira vida de universitário longe de casa. Venho de mês a mês. A princípio custou, como tudo mas já não sei dizer onde é a minha vida. Acho que em ambos sítios. O melhor em sair? O crescer. A maior parte das pessoas diria a liberdade, fora da asa dos pais. Porém, liberdade que é liberdade tem cabeça e essa exige crescimento. Foi o melhor passo nestes dois anos. Sei viver sozinha. Sempre fui desenrascada, mas agora isso é-me, ou seja, isso é das coisas que mais me define actualmente. Odiava cozinhar, perda de tempo, dizia eu. Sabia o básico, mas não gostava. Tive de aprender a gostar e não é assim tão mau. Gosto de comer, logo cozinho porque preciso mas desde que adoptei uma vida saudável dá mais prazer cozinhar. Não que antes, não fosse saudável ou gorda. Sempre fui magra - antes até demais - mas agora sei como cuidar de mim de forma saudável. E a minha cozinha favorita é a italiana e a indiana, por isso veja-se, só calorias. Há que saber viver [e controlar], afinal.
Noutro ponto, tanto em Lisboa como no Porto posso dizer que tenho amigos. Sempre foi algo com que fui abençoada. Não são a minha segunda família, são a extensão da família. A típica família que pude escolher.
Quer família quer quase-família, nunca disse 'amo-te'. Vivi tudo isso, mas nunca me saí. É uma palavra tão forte mas mesmo assim tão banalizada. Dou-lhe a devida importância que até agora mantém-se recatada. Não sou pessoa de coisas longas, farto-me [ou fartam-se]. Intensas mas fugazes, acho que descreve plenamente. Ainda que não seja pessoa de criar isso o grande problema, sei que pode ser. Não sou a típica romântica. Mais prática e funcional, julgo. Mas sei fazer os problemas - ou eles aparecem.
'Já vivi bastante coisas más'. Típica frase de pessoa vitimizada - leia-se que a própria pessoa é que se vitimiza. Apreenda-se: todos os Homens vivenciam coisas más e boas. Umas coisas más podem até ser boas, depende de a quem calha. Mas todos vivem, uns mais umas que outras, mas isso é a vida. Há que saber contornar. Não gosto de lamurias. Uma ou três, tudo bem; mais? cresçam e mudem. Portanto, há destino? Acredito que sim mas julgo controlar o meu. Como tu o teu. Há sempre uma escolha e uma delas pode contrariar o destino traçado. Aí, ele ajusta-se e forma um novo caminho, um novo destino. Contrario-o outra vez, desenha-se outro. E assim continuadamente.
Acreditar no destino afasta-me ou aproxima-me na crença em Deus? Nunca percebi. Mas na minha posição pessoal, encontro-me bem afastada. Não interiorizo que alguém efectivamente tenha antecipado que eu ia fazer aquela escolha e que mesmo que seja má que a perdoa. Quem se tem de perdoar sou eu mesma e possivelmente aqueles a quem magoei. Agora Deus? Não percebo a necessidade do ser humano não se culpar pelas suas próprias acções e procurar algo que o conforte: 'afinal, não foi culpa minha; Ele é que decidiu'. Merdas... Desculpem, mas assim é. Se põe as mãos no fogo e se queimam, aprendam a viver com essas cicatrizes. A vida não acaba por isso. A vida acaba quando nós a deixamos. Não que literalmente, claro. Assim sendo, quem traça o meu destino? Não sei. Está 'escrito', ainda que não tenha sido 'escrito' por ninguém.
Um pouco de caído de para-quedas, as redes sociais. Desisti delas. Nunca passei muito tempo nelas. Como disse, séries é sempre melhor. Mas agora já nem as tenho; e estou melhor. Novamente disparo sem nexo, o porquê da foto acompanhante: dos meus animais favoritos. Elefante, mocho e girafa. Razão plausível? Não há, mas não tem de haver resposta para tudo, por mais que queira.
Por último, sou feliz? Não sei... Acho que traço a minha vida à procura do momento em que sou feliz. Acho que trabalho para um dia ser feliz. Mas porquê procurar a felicidade quando a posso ter agora? Porquê trabalhar para ela quando já a posso ter? É a sociedade. Mas, contrariando, sou feliz. Tenho de o ser - senão como fazia frente às ditas coisas más que me atravessam?
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
sábado, 2 de agosto de 2014
Corre sem fim,
não tem meta.
Mas chega sempre
e em primeiro.
Corro contra.
Resta velocidade?
Ou amor?
O destino é a meta.
Mas é incógnito,
nem se desmembra.
Porquê lutar contra?
Correr, perdão.
Falta luz. Luminosidade,
vibrante, quente:
como um amante.
O amante é o meu destino.
O destino não existe.
Não há fim, não há meta.
Não há amor. Então,
há velocidade.
Umas sapatilhas.
Por favor.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
Abafamento. Abafamento esse que entulha tudo o que não é necessário
entulhar. Num movimento pendente pela lentidão do funcionamento daquele que
pretende viver rápido – seus batimentos confirmam-no – deslizo sem o
conhecimento, sem a certeza do próximo passo. Nesse passo prende-se tudo. O
abafamento que entulha tudo, está lá entulhado também.
As pequenas, superficiais, mínimas e desnecessárias partículas da
minha essência recusam a sair. Entulham-se. O passo é desejado mas não
realizado. Apenas as transparentes conseguem sair. Escorrem, não em forma de
alegria nem em forma de tristeza. Escorrem apenas. A necessidade de lhes
atribuir um significado torna-se em algo abissal. Algo que supera, inclusive, o
conteúdo da própria palavra algo. Não se sobrepõe ao entulho. Era preferível
mas atulhar o entulho é algo, que não superior a algo, leva a pensar nesta
coisa, mesmo no sentido literal da palavra por ser impossível a sua descrição,
como uma baiuca.
Só na folha seguinte, aquando da viragem da página é que o alvéolo se
apresenta. Engulo a seco. Torna-se amargo pela sua pequenez. Desdenho e reduzo
a sua insignificância. Nunca uma brenha passará por lá. Num acto de revolta dou
os últimos passos sem fôlego. Nenhum deles, nem todos amontoados, se comparam
ao passo pretendido, ao passo nunca realizado. As partículas transparentes e
salgadas juntam-se à imensidão de outras que unidas chegam à frente e voltam
atrás para recuperarem. Nota-se que estão bravas. São enormes. Engolir-me-iam
se estivesse no seu âmago. Duvido que engoliriam também o entulho. Esse
permaneceria.
Tudo o que está abafado no passo preso que entulha o que o alvéolo não
deixa passar e transforma em partículas culmina num arrepio. Quão era bom que
nesse ou naqueles que se seguiram se desprenderia qualquer coisa entulhada? O
pensamento convergia-se, pela força de vontade, num arrepio que expulsaria
tudo. Tal acontecimento tornaria aquela coisa que qualquer um, rodeado pelos
seus mistérios, problemas e felicidades, aprecia em designar como vida, muito
mais fácil.
Mas, entretanto, sinto um peso a cair sobre os ombros escorrendo até
onde termino. É pouco. O resto embarra em tudo o que existe ou pode existir
onde me apoio, no conjunto de partículas granuladas de natureza mineral. O
agasalho impede o entulho de sair. Na miserável tentativa de expulsar o que há
muito não consegue sair há sempre algo que encobre. Um peso extra envolta-se em
mim. Prende-me com aquela fechadura que com um toque apenas também se
desmoronaria. Mas num sumptuoso silêncio compreendo porque tal fechadura nunca
se abriu: não é aberta que a fechadura deixará passar o entulho. Fechada e bem
trancada também não mas, desse modo, permitirá que o entulho, não reduza porque
isso é impossível, mas se expanda em algo que passa a não ser, mesmo que por
breves momentos, sentido. Em algo que as partículas da minha essência nunca
quiseram sentir. Preferiram o desconhecido com o conhecido e perfeito ao lado.
Sinto o toque de mais partículas transparentes mas provém do exterior.
São expulsas por aquele que teve a amabilidade de colocar o peso extra em mim.
Sugam-se as palavras. A boca abre num movimento não racionalizado, como se a
explicação fosse necessária de ser proferida. Porém nenhum som se entrelaça com
os soluços constantes. Afinal, a tristeza e a alegria não adjectivam a razão do
escorrer daquelas partículas que eram minhas mas tornaram-se nossas. Descubro
que nem tu consegues explicar. Tu que sempre tiveste o argumento que sempre me
calou. Tu que me embrulhas com esses largos e fortes membros que por mim já
percorreram.
Questiono-me porque não és tu em vez dele. Questiono-me e chego a uma
simples conclusão: porque tu soubeste ser simples no início, porque tu não te
apresentaste como um jogador, não me tomaste como um passatempo.
Apresentaste-te como um todo e não com diversas e codificadas peças que
formaram o todo que no fim se despedaçou com um simples toque. Porque na
realidade tu não fizeste a coisa errada com a pessoa certa, tu experimentas-te
a coisa errada que me fez compreender que não eras a pessoa certa.
E tudo termina como todas as manhãs de dois dias perfeitos. Com a
sensação dos teus que já tiveram nos meus mas que agora estão na superfície por
onde já escorregaram as minhas partículas e por fim, com todo o teu peso sobre
mim e sobre o entulho que nem após esta nem outra luta apagar-se-á.
sábado, 14 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
Não é costume meu publicar algo que dite tão linearmente o que corre [ocorre]. Não é costume meu o mostrar, sequer. Aqui, consigo ser mais eu que na realidade. Demonstro, pouco a pouco ou abruptamente, o que se passa, sem, no entanto, dizer nada em específico. O problema que encaro agora é outro: não me é possível falar sobre ele, de todo. Chama-lhe protecção [alheia, veja-se], chama-lhe vergonha. Chama-lhe o que quiseres mas isto, eu portanto, é um poço - de água preenchido, não pela chuva que colho, mas pelas lágrimas que derramo - que enche, lentamente devido à sua profundidade, mas quando aquele momento chegar, não garanto o que saiba o que de lá..ora.. Assim sendo, não me responsabilizo por nada. Mas deixa, deixa-o encher e verás.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Embriagada da natureza,
Sou-me. Descubro-me.
Ensino-me a ser eu mesma,
Pensando que o que vem
Espontaneamente é natural.
Naturalidade significa já brutalidade.
Brutalidade desconhecida,
Amarga. Brutalmente bruta.
Quando surge,
Se surge,
Julga-se melhor que eu.
Exibe-se. E deixa-me desamparada.
Brincamos às escondidas.
Perderes não é opção...
Mas e se eu vencer?
Eis a questão.
Saliente-se: és mais forte.
Dominas-me momentaneamente.
E pouco a pouco,
À rapidez que tu própria defines,
Ocupas-te por todo o corpo.
Episódios.
Periodicamente sofridos,
Eternamente recordados.
Dói-me: saber quem [não] sou.
terça-feira, 25 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
O quotidiano pesa.
Vives o dia,
Simplesmente porque sim.
Não pensas sequer:
Até ao dia.
E nesse dia,
O que fazes?
Não te distraíste,
Foi o teu corpo que desistiu.
E perguntas porquê.
Tentas descodificar por ti
Mas não chegas a nenhuma conclusão.
Quando pensas que te conheces,
Descobres que não.
E dói. Tira-te o sono.
Corrigindo: naquele dia só tens sono.
Sem saber porquê.
Assustas-te pela 'perda de conhecimento'
Dizem eles...
Estava inconsciente?
Estava sem pulsação?
São perguntas que permanecem.
Algo com que terás de viver.
E aprender a viver, também.
Afinal, qualquer dia, todo o dia,
Pode ser um dia mau.
Literalmente, um dia mau.
Não é algo de uma vez só,
Isso tu sentes.
Mas não avisas quando ocorre.
Aliás, sabes quando ocorre?
Tornas-te impotente perante ti mesmo.
E quanto aos outros?
O que são eles no meio disto tudo?
A tua salvação, direi.
Agradecimentos à parte,
Surge um:
'Amiga, ajuda-me'.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Custa-me dizer que passaram dois anos. Mas passaram. Não a correr. Lentamente deixaram de passar há quase um ano. Custa-me ainda mais dizer que foram dois anos de sofrimento. Mas foram. Custa-me já não conseguir expressar por palavras as saudades que tenho; as palavras existentes não conseguem expressar, e, acredita, já pesquisei pelo dicionário.
Penso que me custa chorar. Mas é o que quero. Quer dizer, na realidade não é. Querer, quero-te comigo, de novo. Não sendo possível, choro.
Pedir que voltes, é pedir muito Tio?
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Sabes qual é o problema de se desenhar linhas na areia? Desaparecem com uma simples onda. Talvez seja por isso que as pessoas tanto gostam: é o espelho da vida. Nada é eterno. Tudo perdura, até deixar de.. E o ser humano gosta disso, diga o que disser. A vida não lhe dá aquela felicidade matinal se não o surpreender constante e inesperadamente, positiva ou negativamente. Ele gosta da mudança. Prefere-a à rotina. É estúpido, não pensa..
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