terça-feira, 24 de setembro de 2013

sábado, 21 de setembro de 2013



Be grateful for what you have, even if that's mean that you aren't totally happy.


    No limiar do fim deparo-mo com a insuficiência. Há algo vazio dentro de mim. Há algo que preenche tudo mas esse tudo está coberto por nada. Sinto-me envolvida por uma tela branca, presa no seu âmago, sem qualquer tipo de contorno em que me possa apoiar.
    Exponho a minha necessidade de estar embrulhada por algo, algo esse que não fosse fácil de adquirir mas que não fosse, igualmente, fácil de desistir! Perante isto apenas permanece a incontrolável questão: Porquê? Porquê esta necessidade, porquê tu, porque não ele ou isto? Porque não recorrer ao materialismo, porque não alterar quem sou para outro que se evidencie mais feliz com pequenas coisas? Afinal, os mais estúpidos são os mais felizes.
  Na incansável perseguição da resposta envergonhei-me por não a ter descoberto inicialmente: "Não há forma de alterares quem és, Marta. Não gosto de tudo em ti mas gosto o suficiente para ser teu amigo e se ele não o é, é porque não lhe agradas minimamente. Mas alegra-te, és especial, para mim és, nunca me veria sem ti mesmo a esta distância que nos afasta. Pergunta ao outro o quão especial és, não é algo eventual, que só este e aquele sente. Achas mesmo que se assim fosse, nos tempos em que voltas todos nós estaríamos aqui? Conhecendo-te, não há como convencer-te, por isso peço-te, imploro-te, sê tu mesma...mas sê egoísta, põe-no na tua mão."
    Descodificando palavra a palavra, pedes-me para me manter mas, ao mesmo tempo, para ser egoísta. Sendo eu, manter-me-ia aqui, no lugar que me foi cedido, rodeado pela minha insegurança, e isso afasta todo o egoísmo que poderia despoletar. Porém, descobri o ponto fulcral que atinge a mensagem que querias transmitir, o que não está expresso pelas palavras, aquilo que essas mesmas são insuficientes de manifestar... Faz hoje exactamente uma semana que mudei. Eles notaram, ele notou, alguém notou..?

sábado, 14 de setembro de 2013





"Se durante o processo de construção, o autor vos remeter para uma estrutura quase demente, é porque foi usado mais por demais coração, condição absoluta no limiar do obstinadamente. Esculpindo frases ao sabor da inspiração, revestidas por minimal batida envolvente, construindo fortalezas muralhadas de emoção, provocando aqui e ali a moralidade vigente... E se de repente o sonho ganha asas de vulcão, derramando palavras e punhais principalmente... requerendo, seguramente, mais que uma audição. O que é, por vezes não existe, mas sim aquilo que se pressente. Após longas e repetidas noites de agitação, o resultado surge, emergente.. esvais-se a permanente inquietação. Entretanto. Sobretudo. Praticamente."


    Perante tal temeridade, quando te encontras abandonado pela multidão - o mar de pessoas impede-me de as [me?] conhecer verdadeiramente - o importante é voltar às origens. Antes de outra [mudança], é imperativo acalmar as almas pela submissão do que de mim conheço para o que sei que sou, a criança para sempre, inocentemente prendida - "Sentimento relativo negativo privado, situado num mundo fechado em castidade, graduado sem medalhas com batalhas mentais.."

terça-feira, 3 de setembro de 2013


Let me introduce you to the most important person, my twin brother




   A ausência de escrita aclama a felicidade. Esta irradia-se sem pedido de permissão e brilha incessantemente para ti. Mas porquê é que me sinto punida por não a veres? Ninguém a vê, no fundo. A tua ausência cobre-a como se ela nunca tivesse existido.
   Inicialmente tentei evidencia-la, como se fosse um dever, mas, neste ponto a que incorri, já só a saboreio, como se o conhecimento dela no meu ser, por mais insignificante que possa ser, bastasse. A tua ausência é um mero cravo do destino e, em breve, saberemos quão ausente vais estar. Entretanto, deixa-me brincar com ela...e com ele, já que também brincou comigo.