terça-feira, 28 de junho de 2016

   O sentir saudade varia. Varia quanto à pessoa, não quanto ao sentimento: o que importa é quão longe a pessoa está. Não que tenha mais saudades do meu irmão que está na China, dos meus pais que estão no Porto ou do meu namorado, com quem estive há pouco. Tenho mais saudades do meu tio e avô. Morreram já fez quatro anos. E não os ter perdoado consome-me. A pouco e pouco mata-me. Haverá alguém que não perdoará. Haverá um ciclo vicioso. Se houver oportunidade, desculpa. A angústia que carregas não compensa; cabe às memórias preencher esse vazio.