sexta-feira, 4 de abril de 2014



Embriagada da natureza,
Sou-me. Descubro-me.
Ensino-me a ser eu mesma,
Pensando que o que vem
Espontaneamente é natural.

Naturalidade significa já brutalidade.
Brutalidade desconhecida,
Amarga. Brutalmente bruta.

Quando surge,
Se surge,
Julga-se melhor que eu.
Exibe-se. E deixa-me desamparada.

Brincamos às escondidas.
Perderes não é opção...
Mas e se eu vencer?
Eis a questão.

Saliente-se: és mais forte.
Dominas-me momentaneamente.
E pouco a pouco,
À rapidez que tu própria defines,
Ocupas-te por todo o corpo.

Episódios.
Periodicamente sofridos,
Eternamente recordados.
Dói-me: saber quem [não] sou.