sexta-feira, 15 de novembro de 2013



Subimos.
Empilhados num contentor,
Com bases pouco sólidas,
Como se não tivéssemos apoio.
Assim, subimos.
 
Descemos.
Embriagados da natureza,
Que nos reconforta.
Aclama a nossa presença,
Como se de um bem essencial se tratasse.
E quando chegamos,
Evapora-se: não precisa de nós.
E ficamos desamparados,
Como subimos.
Por isso, descemos.

O presente,
Corresponde à inércia.
Intacto,
Deixa-me pensar,
Incumbindo-me de decidir o futuro.
Mas limita-se,

Pela subida.
E desço,

Ou quero descer.
Quero rejuvenescer.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Percorreu-me,
Como nunca.
Sabia da tua importância,
Aliás, pesava em mim,
Do nada que afinal era tudo.

Os contornos alteraram-se,
Afastar-te não é solução.
E agora?

Assustaste-me.
Pensei que fosse algo,
algo embrionário,
não algo,
algo imaginário.

Os conceitos estranham,
Mas entranham.
O imaginário torna-se real,
E, novamente,
Assustas-me.

Não sou insensível,
Põe isso de parte,
Peço-te!
Criei barreiras,
Que outrora tinham sido derrubadas.
E erguias, de novo.

Vi, então, que nada,
Do tudo, mudou.
E o tudo, do nada,
Permanente ficou.
Quero o meu Eu de volta,
Mas também te quero,
Aqui, ao meu lado.

Não me assustas,
Tudo me assusta!
Mostra-me o caminho,
Que estou de olhos vendados…


Interrogo-me
Sobre o epílogo.
Questiono-me
Desse teu cheiro perfumado,
Amado,
Por mim, ressalve-se.
Despoletas em mim
O que só tu és capaz,
Nesse teu brando mar,
Que anseio agitar.

Filmamos o quotidiano,
com o que os olhos captam.
A memória eterniza-se,
nesse teu espaço delineado.
Procederia a uma sequência,
Que soubeste evitar.
Não te vejas,
Não pelo espelho,
Vê-te por mim.
É fidedigno.

A mente enlouquece,
O sentimento permanece?
Cresce.
E interrogo-me..
   



   Brincamos como crianças inocentes ao luar... A inocência é vaga, imprecisa e remói. O anoitecer, entristece-me [assusta-me?].
  Quero mais de ti, mais do que tive e possivelmente mais do que poderei ter. É algo incoerente. Derrubaste os meus muros - perfeitamente erguidos e empilhados - como se de um mero jardim se tratasse. Não o fizeste com más intenções, não me conheces suficientemente bem para o fazeres com tal intenção. Na verdade, a pergunta impiamente se exibe: Conheces-me sequer? Não obstante, sei que me posso vir a magoar [vou, de certeza - é algo linear na minha vida] mas e se tentar? Dá-me só mais um beijo para desvendar este mistério, o nosso mistério!