domingo, 19 de abril de 2015

...De noite todos os gatos são pardos...


Caímos.
Com o cair do sol,
O nascer da lua.

Por mais que brilhe,
Noite
É sinónimo.

Arde sem se ver,
Noite
É sinónimo.

A chama apaga-se,
Com o cair das estrelas.

Somos,
As cinzas no chão,
No nascer do novo dia.

sábado, 18 de abril de 2015

'[A vida] é uma crise passageira que nasce no foro psicológico e que não tem qualquer razão de ser ou de existir.'

terça-feira, 7 de abril de 2015

                                        “O Tempo do Carrossel”


O carrossel baloiça sem pedir permissão. No momento em que o sujeito da primeira pessoa que, agora, visualizo na terceira pessoa, ficou expectante com tanta ansiedade de vislumbrar, por breves momentos, o brilho que o outro ousa evidenciar para esse mesmo sujeito, direcciona-se repentinamente na escuridão presente nos do sujeito que vislumbram esse tal sujeito efusivamente brilhante.
A imposição maligna da gravidade e da função do carrossel anulam as possibilidades desse deslumbramento perdurar a mais de escassos segundos. A incerteza de quanto tempo durará somente este inocente acto realizado por ambas extremidades perdura igualmente no tempo.
Esse tal tempo que, minuciosamente, controla o carrossel e consequentemente tais repentinos olhares nunca foi outrora questionado. Porém, o outrora no passado ficou e, esse tempo que outrora passou, mais ainda perdurou e consequentemente, recentemente questionado foi, no fim de contas, pelo tempo que esse tal tempo determinou em tempos do tempo que há tempos ficou. Já em tempo de espera, o carrossel parou. Não com pedido de permissão…a sua imposição, pelo tempo passado outrora sentido, fugazmente se declarou.
Em tempo dúbio, o tempo que o tempo demorou a determinar o não baloiçar do carrossel foi irrisoriamente lento. O carrossel do tal sujeito assim não mais parou. O carrossel baloiça sem pedir permissão.