quinta-feira, 10 de outubro de 2013



    A convicção de que foi um lapso no tempo não se alui de mim. Permanece erguida, intacta, como se de uma verdade se tratasse. Presumo, entre o tempo do tempo em que vejo claramente o que te envolveu, que nada será isto sem ser eu [sem seres tu?]. 
    A vagueza dos pensamentos que te concernem não me permitem usufruir o quotidiano. Embora tivesse assente que a tua falta nunca seria preenchida por algo, empreguei um ser menos frio, mais afável, como forma de me veres, assim, com tanto de ti... Porém, hoje, passado um ano e sete meses, a força erguida neste tempo do tempo percorrido durante pouco mais que meio ano, diluiu, como se tratasse de um medicamento incapaz de curar - o organismo já se avezou.
    E assim, este dia será inevitavelmente mais um..mais um daqueles plenamente sorridente mas impiamente sofrido, longe das amarras da felicidade... Isto, se algum dia ela se instalou depois da tua partida, há um ano e sete meses, um ano e sete meses Tio.

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